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    Em 2025, o estado do Rio de Janeiro apresenta movimentos interessantes no mercado formal de trabalho. Entre janeiro e maio, foram criadas 45.890 novas vagas com carteira assinada no estado. Serviços e Informações do Brasil No acumulado até junho, esse número já ultrapassa 60,6 mil postos abertos formalmente.

    Panorama setorial: quem lidera?

    De acordo com os dados do Novo CAGED e análise local:

    • Serviços: é o setor que mais gera empregos no RJ em 2025. Em maio, abriu-se saldo de 5.531 vagas apenas neste segmento. Serviços e Informações do Brasil Em termos acumulados, é responsável por grande parte do crescimento.
    • Construção: registrou saldo positivo (2.469 novas vagas em maio) e tem sido relevante em obras, infraestrutura e reformas.
    • Indústria: também com desempenho relevante (2.292 novas vagas em maio) aponta para retomada seletiva em determinados subsetores.
    • Comércio: embora ainda gere empregos, enfrenta contração no acumulado do ano — no primeiro quadrimestre o comércio registrou saldo negativo de 6.217 postos.
    • Agropecuária: setor menor no cenário urbano, mas com saldo positivo de 1.347 vagas em maio.

    Desafios e desaceleração visível

    Apesar dos resultados positivos, há sinais de desaceleração. Dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) apontam que, entre janeiro e abril de 2025, foram geradas 33.668 vagas formais — um número 42% inferior ao mesmo período de 2024 (58.348 vagas). Ou seja: o estado ainda gera postos formais, mas a velocidade caiu.

    A média diária de contratações úteis também caiu de 712 por dia útil para 421. Esse fragor é atribuído a contexto macroeconômico mais restritivo, juros elevados e menor demanda em setores dependentes de crédito.

    Destaques municipais

    A capital fluminense lidera os novos postos: em maio foram criados 4.165 empregos formais no município do Rio. Municípios como Campo dos Goytacazes, Macaé e Duque de Caxias também aparecem entre os que mais contrataram.

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    Projeções e recomendações

    • A tendência é que o setor de serviços, especialmente serviços urbanos (limpeza, logística, saúde, delivery) continue puxando contratações, pois demanda local tem menor dependência de grandes projetos.
    • A construção pode reagir com subsídios residenciais, reformas e obras de infraestrutura municipal.
    • Setores como comércio e varejo precisarão se reinventar (e-commerce, omnichannel) para voltar a ter saldos positivos.
    • Políticas de fomento local (investimentos em infraestrutura, incentivos a empreendimentos) podem mitigar a desaceleração.
    • Profissionais devem olhar para a requalificação, especialização em nichos de serviço urbano e áreas com demanda local.

    Conclusão: o RJ em 2025 segue gerando vagas, mas o ritmo diminuiu. Os setores de serviços e construção lideram, enquanto comércio passa por ajustes. Para os profissionais e gestores regionais, o momento é estratégico para alinhar capacitação às áreas que ainda crescem.

    Referências